sexta-feira, 20 de março de 2009

Confissões de William Deiz: Brothers in Arms - Parte 2









Meu nome é William. William Deiz. E esta é a conclusão da história que comecei na última semana:
As batalhas prosseguiram durante os anos e se estenderam naturalmente a novos campos. Visca e Lica se especializaram em diversas outras táticas de guerra como não lavar a louça, promover situações pra me incriminar, mexer na minha coleção de CD's e invadir meu computador.
Sem contar talentos próprios de cada um, como o dele de deixar toalha molhada na minha cama e tênis no meio do chão do quarto (ou da sala. Ou do banheiro). Ela se tornou tão sutil e mortal como Tom Cruise em Missão Impossível. Passou a preferir a execução dos delitos em segredo, sem contar os problemas de arrumação com seu ninho, também conhecido como quarto.
Na época de minha adolescência em que me encontrava num humor um pouco menos 'zen', adorava dar aqueles socos à la Rocky Balboa de TPM nos ombros dos dois. Produzia depois de alguns segundos um efeito terapêutico - em mim, obviamente.

Porém, existem tréguas temporárias que se dão naquelas raras coisas que descobrimos ter em comum. Videogames, seriados, música e filmes na TV, em geral estabelecem um padrão de gosto muito parecido entre os três, o que sempre nos deu alguns minutos sem contradições. Haja multimídia...

Creio que todo lugar onde há pessoas diferentes convivendo juntas, há uma probabilidade de 'divergências de opiniões', e comigo convivendo com aqueles dois não seria diferente. Claro, que ás vezes temos nossos excessos, mas a ausência de conflitos se torna mais presente com a lenta chegada da maturidade. Um amigo disse que quando se mudou pra outra cidade, onde estuda, o irmão menor começou a sentir sua falta, e quando ele voltava a sua cidade natal pra visitar, as brigas não aconteciam mais. Ambos começaram a se valorizar. Pensei em me mudar de cidade, mas desisti quando imaginei que poderia soar como exagero para alguns.
Enfim, acho que um dia a gente vai crescer. "Tomar juízo", entender melhor essa questão do respeito mútuo - pelo menos eu preciso acreditar nisso.

Voltando a questão inicial do primeiríssimo parágrafo do primeiro capítulo deste monólogo, você poderia me perguntar se eu mudaria tudo isso se pudesse, e escolheria ter sido filho único. E eu te responderia: "Absolutamente não". Por mais diferenças que tenha com ambos, amo demais os pirralhos. E vai se ver comigo quem tocar em algum deles - só eu posso fazer isso.



Nota do Narrador: O conteúdo deste texto, tal como a existência desse blog é de total desconhecimento dos nanicos. Peço a ajuda e compreensão de todos para que tudo permaneça assim. Afinal, enquanto estamos em guerra, não dá pra bancar o vulnerável...


2 comentários:

  1. sei como é a batalha entre irmãos...eu tenho trÊs menores, na hora de tentar estudar então?!
    Mas com tod a certeza não vivo sem eles! São esses pirralhos, nanicos que alegram meu dia muitas vezes, e são usados por Deus pra isso.
    beijo, mila(amiga da Ana Elizabeth aqui de joiville)
    Parabéns pelo blog!! muito bom mesmo...

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  2. há uma GRANDE probabilidade de divergências de opiniões..mas de fato, se soubermos medir nossos excessos, essas divergências só nos aproximam.
    e é verdade..nada melhor que a maturidade pra nos apresentar a sabedoria.
    bjao Gui

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